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Pedra da Gávea - São Conrado |
Um fato aparentemente simples, mas
relevante, pela forma do acontecimento; e, como nada acontece por acaso, este
“caso” é só mais um episódio na soma de tantos outros; sempre com final feliz,
mas (quando dá pra ser). Então, vamos contar o caso, como as coisas se
apresentam e como se organizam no meio do caos e por quê. Cada caso acontecido tem sua história
fundamentada numa espécie de organização improvável. É assim desse modo, como
tudo aconteceu; e, com vocês, a história da “Trilha”.
Certo dia, mais precisamente em 11 de
agosto (estamos em 2014), mais uma missão para o BOMBEIRO – GUARDA-VIDAS, no
seu dia de descanso. Neste dia, recebe ele um convite para fazer uma “trilha” e
o lugar escolhido: a (Pedra da Gávea). Convite aceito, mochila nas costas,
recheada de ingredientes necessários, prepara-se para seguir o ritual da
jornada. Vale lembrar aos desavisados que esta prática de fazer “trilhas” em lugares
como este citado acima não deve ser exercida sem um guia capacitado.
Então, vamos ao caso. Já sabemos que há
uma história e, para início de conversa, vamos falar de preparo físico,
disposição para encarar “surpresas” boas e ruins, enfrentar riscos, até da
própria vida. Antes de mais nada, tem de haver cautela, sem a qual, é melhor
não arriscar. Diante do esporte, com seus ditames e aventuras radicais, há que
se cumprir a exigência de um regulamento de proteção à vida para dar início a
missão. E tudo se inicia assim: céu azul de brancas nuvens, sem ventos soprando
“agouros”, e o dia promete. Pé na estrada rumo a Pedra da Gávea. Rota
demarcada, tudo certo, lá vai o Bombeiro e seus colegas para mais um dia de aventura;
atingir o alvo da subida, alvo atingido, agora é hora de retornar, antes que a
noite desça. Mas, na descida, uma surpresa. E este é mais um episódio entre tantos já
acontecidos, sem registros efetivos. Por isso mesmo, estamos registrando este,
que será o primeiro de outros que virão com cenas e atitudes “surpreendentes”.
Na trilha, a história aconteceu assim:
no meio da descida da montanha, na metade do caminho, um homem sentado, entre
dores e desconforto – um ombro deslocado.
- E aí, amigo! O que houve?
- Estava indo passar a noite em vigília;
em oração no topo da montanha, quando, de repente, uma queda.
A
pobre vítima, em meio aos seus gemidos, nem falar podia tamanha era a sua dor.
Aproxima-se, então, o Bombeiro; e o que ele constata, logo de início, sem mais
delongas, o diagnóstico: deslocamento do ombro esquerdo. Então, entra em ação:
práticas cotidianas e todo um arcabouço de experiências vivenciadas de praias
lotadas nos pontos mais requisitados do Rio de Janeiro. Porém, a vítima desta
aventura, era um “pastor” que iria “Vigiar e
Orar” a noite inteira no topo da montanha; mas quis o destino
interromper seu contato de congraçamento com Deus e colocou em seu caminho
difícil, pessoas que, também, são enviados especiais para “salvar vidas” não
importa onde e como estejam.
E, assim, disse o bombeiro ao pastor:
vou resolver seu problema, tenha calma, tudo vai dar certo.
Mas eis que, de repente, surge, do nada,
um casal que também se apresenta para ajudar o pastor, dizendo serem médicos.
Sai de cena o bombeiro para os médicos agirem. Porém, o bombeiro permanece ao
lado, apenas olhando o procedimento que os médicos iriam fazer.
Aí, amigos, é que a coisa pega. E pega
legal. Os médicos ficaram assustados e não sabiam o que fazer com aquele ombro
deslocado e com aquele “baita” osso apontado para trás.
De novo entra em cena o BOMBEIRO – e com letras maiúsculas porque deveria ser assim
saudados por todos em suas profissões pelas obras de “salvadores” – pois em
qualquer que seja o lugar, lá estão eles, sempre prontos para agir, resgatar e
“salvar” . E o bombeiro, com sua simplicidade e no heroísmo de sua eficiência,
avisa ao paciente que tenha calma, que tudo vai dar certo e tudo ficará bem.
O pastor responde: eu confio em vocês. Os
médicos saem de cena, permitindo a ação do bombeiro. E seguem as instruções:
olha amigo, faça realmente o que lhe digo, vou colocar seu ombro no lugar.
Enquanto o bombeiro conversava com o pastor, ia preparando os apetrechos para
realizar o procedimento. De repente, pronto. O ombro estava no lugar.
E o pastor, estupefato, surpreso e sem
dor, só sabia clamar por “Glorias” e mais Glorias, dizendo que iria orar pelo
resto de sua vida para o bombeiro “salvador” do episódio acontecido naquele dia
tão fatídico.
E
assim termina esta história. Mas outras tantas virão.