O medo alterando as funções psíquicas
“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência,
poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”.
A palavra medo, do latim metus, nos remete a uma perturbação angustiosa perante a menor
possibilidade de uma ameaça, diante de um risco real ou imaginário. O conceito
também se refere ao receio ou à apreensão do sujeito em relação a certas
doenças. Nesses casos, certamente, o medo, muitas vezes, vem companhado de uma ação psicológica e isso
é um fato comum: pois este é um medo quase físico, de que algo possa
acontecer conosco ou com um parente próximo.
De acordo com as
novas teorias, entre elas, a teoria quântica, acredita-se na hipótese de se
repensar o medo – e, tratá-lo como palavra – e, não mais, como uma ação, pois, a afirmativa
desses princípios, nos induz a acreditar que essas alterntivas de investimentos
psíquicos podem sim, atuar em nossos
organismos modificando comportamentos ao intermediar os estímulos na reformulação
do modo de agir, proporcionando assim, ao corpo e a mente uma forma positiva de
pensar. Processo fundamental para mudar sensivelmente
as estatísticas de pessoas doentes e, assim, diferenciá-las das doenças.
Fisiologia do medo
Hormônios
que participam da ação:
Compreender
como funciona a fisiologia dos hormônios em nosso corpo é função de
especialistas. Porém, entender como esses hormônios interagem no emocional e
como a emoção se processa no cérebro, deixando uma enorme confusão e criando
fantasmas para além do medo, não é
estudo para leigos e, sim, para os interessados no assunto ainda, que, como
iniciados. Aqui estou eu como uma iniciada nessa questão.
Acredito ser interesse de todos saber quem são esses vilões
responsáveis por tanta desordem no organismo humano, como funcionam e que
reações eles causam, além daquelas que já conhecemos? Estudos recentes
comprovam que esses hormônios são mediados por neurotransmissores e, como fiéis
operários, estão eles sempre presentes
em nosso cérebro, agindo de acordo com a demanda de nossas ações emocionais e
fisiológicas.
É
importante deixar claro neste artigo que o meu interesse pelo tema, foca-se na palavra MEDO enquanto ação e reação. Portanto, o assunto será tratado como
função psíquica de um estado doentio. O medo
adquire um status de representação do
desequilíbrio humano quando se está
diante de um sintoma desconhecido ou de uma dor, cuja existência,
perdure sem um diagnóstico relevante. Aí entra o medo como causa e consequência, gerando ansiedade e terror.
Falar
de um assunto que se pode experimentar
reação na própria pele, pode até nos parecer fácil, porém, não é
verossímil. Entre a cobaia e a pesquisa, coexiste a necessidade do conhecimento
para alicerçar saberes funcionais.
De certo modo, os dados publicados pela Mídia
nos informam, mas não formam uma base consciente. Até onde se sabe, há muitos
estudos que são realmente relevantes, mas há muito ainda a ser comprovado. O
bom nesses casos, é que temos acesso a informação, mas nem todos dispõem do
saber acessível. Então, delega-se este saber, sobretudo, para aqueles que possuem as ferramentas do conhecimento específico,
tais como os especialistas no assunto: médico, neurocientista e outros. Sendo
assim, seria de bom tom, limitar-se às informações vagas, aquelas que sugerem
uma linguagem semântica que interferem no sentido do sintoma, derivando pelo
campo semiótico psíquico da emoção: a noradrenalina, a serotonina e a dopamina.
Noradrenalina: também chamada de noraepinefrina, ela influencia no
humor, ansiedade, sono e alimentação. É sintetizada nas fibras nervosas. Suas
principais ações no sistema cardiovascular estão relacionadas ao aumento do
influxo celular do cálcio e a manter a pressão sanguínea em níveis normais. A noradrenalina
influencia no humor e no sono. Portanto a emoção estará sendo afetada.
Serotonina:
a serotonina é um neurotransmissor que regula o
humor, sono, apetite, ritmocardíaco, temperatura corporal, sensibilidade à
dor, movimentos e as funções intelectuais. Novamente, a emoção sendo afetada.
Dopamina: é um neurotransmissor monoaminérgico
da família das catecolaminas, produzido pela descarbonização de dihidroxifenilalanina.
A dopamina está envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor,
emoções, cognição, sono e memória.
A fisiologia
do medo tem seu início funcional nas
amígdalas e, essas estruturas, não tem nada a ver com as amígdalas da garganta,
elas têm um formato de uma noz e ficam próximas à região das têmporas. As
amígdalas identificam uma situação ou
objeto com o qual se deve tomar cuidado e enviam ao hipotálamo o sinal para a
produção dos neurotransmissores. A partir daí, iniciam-se as reações no
organismo que nos deixam em estado de alerta para agir: enfrentar ou fugir da
situação.
As
amígdalas estão presentes na maioria dos animais. São elas, por exemplo, que
fazem com que um cervo reconheça o perigo e fuja de seu predador.
O que
diferencia o homem dos outros animais é que ele é o único ser capaz de ter medo
do medo. E isso acontece porque o homem é o único animal que consegue
“imaginar”. A imaginação é mais forte que o próprio conhecimento (Einstein).
O medo é uma
emoção que se caracteriza por um intenso sentimento habitualmente desagradável,
provocado pela percepção de um perigo, seja ele presente ou futuro, real ou supostamente,
imaginário. O medo é uma das emoções
primárias que resultam da aversão natural à ameaça,
presente tanto nos animais como nos seres humanos.
Biologia do Medo
Sob a perspectiva da biologia, o medo é um
esquema adaptativo e constitui um mecanismo de sobrevivência e de defesa que
permite ao indivíduo responder a situações adversas, rápidas e eficazes. Mas, o
contrário também é verdadeiro: se o indivíduo adotar a “imaginação” negativa de
que algo vai mal com seu corpo, isto de fato, pode ocorrer, pois, o cérebro é
quem está no comando: ele dita as funções, modificando todas as nossas ações.
Neurologia – Cultura e o Medo
Para a neurologia,
o medo é uma forma comum de organização do cérebro primário dos seres vivos,
com a ativação da amígdala alojada no lóbulo temporal. Do ponto de vista da psicologia, o medo é um estado afetivo
e emocional, necessário para o
organismo se adaptar às circunstâncias do meio. Relativamente, o medo faz parte
do aspecto social e cultural, o medo é também parte do carácter de uma pessoa
ou de uma organização social. Sabemos,
entretanto, que se pode aprender a não temer. Para sustentar tal afirmação, basta conferir a cultura de
todos os povos através da literatura infantil, onde o medo tem presença imprescindível nos contos de fadas, fazendo parte
da moral nas histórias. Os contos foram criados e engendrados para se refletir
o universo da vida infantil que podem ser vivenciados pelos contos de fadas.
Portanto, há uma beleza
que pode ser constatada sobre o medo,
ele estará sempre presente na arte como uma forma de entretenimento e, por
isso, constitui por si só um gênero narrativo (como nos contos ou nos romances
e nos filmes de terror).
As consequências do medo
Como já foi visto anteriormente, tudo o que ocorre no nosso corpo tem sua
origem e princípio no cérebro. Afinal de contas é o cérebro que está no comando
de nossas ações, boas ou más.
Desse modo, ao concluir este artigo, penso que devemos reler a
epígrafe de W. Shakespeare e, então, rever o modo de pensar que possa
influenciar um novo comportamento e mais saudável. Se o medo nos impede de agir; mudar
o padrão de pensamento poderá vir a ser uma solução cabível. E ainda, uma outra sugestão,
seria evocar palavras dotadas de ações eficazes, acreditando no investimento
dessa nova conduta que surgiria como fonte de grandes probabilidades.
Fonte:
Medicina Quântica:
Uma
Abordagem Psicológica Sobre o Medo:
Psicanalistas avisam que o medo é um sinal que
precisa ser estudado: